Esperando o novo edital para a Polícia Civil de Minas Gerais? Confira neste artigo como funcionou o último certame para Escrivão e Investigador e entenda como se preparar para o próximo concurso!
O Governador de Minas Gerais, Romeu Zema, anunciou, no dia 07/07/2021, a autorização de novo concurso para a Polícia Civil do Estado. Segundo ele, “Teremos, depois de 8 anos, um novo concurso com 688 vagas para todas as carreiras, visando fortalecer a segurança do povo mineiro”.
A Polícia Civil de Minas também divulgou, em uma rede social, a expectativa de vagas por cargo. A previsão é de que sejam até 30 para Investigador e até 397 para Escrivão.
Pensando nesta nova oportunidade que está por vir e nas dúvidas dos concurseiros sobre como funciona o concurso para as carreiras no Estado, preparamos este artigo com a análise do último edital. Assim, conhecendo o certame, você terá elementos para organizar seus estudos e iniciar sua preparação. Vamos entender?
Informações gerais:
O último concurso para Escrivão foi realizado em 2018 e organizado pela banca FUMARC. Foram oferecidas 119 vagas, o salário inicial era de R$ 4.098,39 e a jornada de trabalho era de 40 horas semanais.
Já para o cargo de Investigador, o último concurso foi realizado em 2014, organizado pela mesma banca, com a mesma carga horária de trabalho e foram oferecidas 1.000 vagas, com salário inicial R$ 2.776,94.
Requisitos:
Dentre os requisitos para ingresso nas carreiras, o candidato precisava possuir curso superior estabelecido como pré-requisito, a ser comprovado mediante a entrega de cópia autenticada do diploma ou certidão expedida por Instituição de Ensino reconhecida pelo Ministério da Educação, na data da posse.
Etapas:
O concurso de Escrivão contou com as seguintes etapas:
- Provas de Conhecimentos Objetiva, de caráter eliminatório e classificatório;
- Prova de Digitação, de caráter eliminatório;
- Exames Biomédicos e Biofísicos, de caráter eliminatório;
- Provas de Títulos, de caráter classificatório;
- Investigação Social, de caráter eliminatório.
Para investigador, as etapas foram as seguintes:
- Prova de Conhecimentos: Objetiva;
- Avaliação Psicológica;
- Exames Biomédicos e Biofísicos;
- Prova de Títulos;
- Investigação Social.
Prova objetiva:
A prova objetiva para Escrivão foi composta por 60 questões:
- 06 questões de Direitos Humanos;
- 20 questões de Língua Portuguesa;
- 05 questões de Noções de Criminologia;
- 10 questões de Noções de Direito;
- 14 questões de Noções de Informática;
- 05 questões de Noções de Medicina Legal.
Cada questão valia 1 ponto e foram considerados aprovados os candidatos que obtiveram o mínimo de 60% das respostas corretas.
Já para Investigador, a prova contou com 60 questões, divididas da seguinte forma:
- 20 questões de Língua Portuguesa;
- 10 questões de Noções de Direito;
- 10 questões de Direitos Humanos;
- 10 questões de Noções de Medicina Legal;
- 10 questões de Noções de Informática.
Cada questão valia 1 ponto e foi considerado aprovado o candidato que obteve índice igual ou superior a 50% do total das respostas corretas e que não zerou qualquer uma das disciplinas.
Avaliação psicológica:
A Avaliação Psicológica, de caráter eliminatório, tinha como objetivo, em ambos os concursos, avaliar o candidato nos seus aspectos de inteligência, aptidões específicas e características de personalidade adequadas ao exercício profissional, apuradas por meio de instrumentos objetivos da Psicologia, em processo supervisionado pela Academia de Polícia Civil de Minas Gerais – Divisão de Recrutamento e Seleção e Setor de Psicologia da Divisão Psicopedagógica, em conformidade com o artigo 36, §§ 4º e 5º e artigo 86 ambos da Lei Complementar 129/2013.
Ao final da avaliação, os candidatos era classificados como aptos ou inaptos.
Prova de digitação:
A Prova Prática de Digitação, apenas para o cargo de Escrivão, foi realizada em microcomputador desktop arquitetura Windows, teclado Português Brasil ABNT2 e Editor de Texto (writer do LibreOffice 6 ou superior, em plataforma Microsoft Windows).
No momento da prova, foi apresentado um grupo de textos entre os quais um foi sorteado por um dos candidatos presentes. Após o sorteio, os candidatos foram encaminhados à sala de realização da prova e tiveram 5 minutos para aquecimento e reconhecimento do equipamento (monitor, teclado e mouse).
Os textos foram distribuídos aos candidatos, que tiveram 5 minutos para realizar o teste. Após o fim do tempo, os textos digitados foram impressos e acondicionados em envelope, lacrado pela Equipe designada e por dois candidatos, para então serem encaminhados para correção.
Foi considerado apto na Prova Prática de Digitação o candidato que conseguiu 600 toques líquidos (TL) em 5 minutos, lembrando que os toques líquidos eram calculados levando-se em conta, no tempo estipulado, o número de toques brutos (TB), diminuindo-se os erros cometidos. Os toques brutos (TB), por sua vez, correspondiam à totalização do número de toques dados pelo candidato, incluindo vírgulas, espaços, pontos e mudanças de parágrafo.
Avaliação psicológica:
A Avaliação Psicológica, de caráter eliminatório, teve como objetivo avaliar o candidato nos seus aspectos de inteligência, aptidões específicas e características de personalidade adequadas ao exercício profissional, apuradas por meio de instrumentos objetivos da Psicologia, em processo supervisionado e coordenado pelo Setor de Psicologia da Divisão Psicopedagógica da Academia de Polícia Civil de Minas Gerais de acordo com o inciso XV e §§ 4º e 5º do art. 36 da Lei Complementar nº 129/2013.
Ao final, os candidatos eram classificados em aptos e inaptos, estando os considerados aptos habilitados para a próxima etapa.
Exames biomédicos e biofísicos:
Para ambos os cargos, as fases dos Exames Biomédicos e dos Exames Biofísicos ocorreram em momentos distintos: primeiramente os candidatos aprovados foram submetidos aos Exames Biomédicos e os aptos estavam habilitados para se submeterem aos Exames Biofísicos.
Os Exames Biomédicos objetivavam aferir se os candidatos gozavam de boa saúde física, se não eram portadores de doenças, sinais ou sintomas que os inabilitassem ao exercício da função policial e, ainda, se possuíam acuidade visual e auditiva compatíveis com a carreira policial.
Já os exames biofísicos, para ambos os cargos, foram compostos dos seguintes testes:
- Flexão de braço;
- Agilidade e coordenação motora;
- Corrida de 50 metros rasos;
- Teste de cooper.
As especificações dos testes e suas respectivas informações estão no Anexo II dos editais, que podem ser acessados ao final deste artigo.
Prova de títulos:
A prova de títulos no concurso de Escrivão valia 5 pontos e foram considerados os seguintes:
- Diploma de Curso Superior, excetuado o diploma referente ao curso que será usado para nomeação no cargo de Escrivão de Polícia I, expedido por estabelecimento de ensino oficial ou reconhecido: 02 (dois) pontos;
- Diploma de curso de pós-graduação, expedido por estabelecimento de ensino oficial ou reconhecido a saber:
lato sensu – Especialização: 02 (dois) pontos
stricto sensu – Mestrado: 03 (três) pontos
stricto sensu – Doutorado: 04 (quatro) pontos
- Certificado de conclusão de curso de natureza policial da Academia de Polícia Civil de Minas Gerais, ou congênere, com carga horária igual ou superior a 80 (oitenta) horas/aula: 01(um) ponto para cada curso de natureza policial diferente, até o limite de 03 (três) pontos.
Não foram considerados títulos:
- Trabalhos publicados em qualquer área;
- Atestado de capacidade técnica.
Para o cargo de Investigador, esta fase também valia 5 pontos e foram considerados os seguintes títulos:
- Documento comprobatório de aprovação em concurso público Federal, Estadual ou Municipal de nível superior: 01 (um) ponto, até o limite de 02 (dois) pontos;
- Diploma de Curso Superior, excetuado o curso que usará para nomeação no cargo de Investigador de Polícia, expedido por estabelecimento de ensino oficial ou reconhecido: 02 (dois) pontos;
- Diploma de pós-graduação, expedido por estabelecimento de ensino oficial ou reconhecido a saber:
- lato sensu – Especialização: 02 (dois) pontos
- stricto sensu – Mestrado: 03 (três) pontos
- stricto sensu – Doutorado: 04 (quatro) pontos
- Certificado de conclusão de curso de natureza policial da Academia de Polícia Civil de Minas Gerais, ou congênere, com carga horária igual ou superior a 80 (oitenta) horas-aula: 01(um) ponto para cada curso de natureza policial diferente, até o limite de 03 (três) pontos.
Não foram considerados títulos:
- Trabalhos publicados em qualquer área;
- Atestado de capacidade técnica;
- Aprovação em processo seletivo simplificado;
- Aprovação em processos para contratação temporária.
Investigação social:
A investigação social consistia em preencher o Boletim de Investigação Social e em apresentar documentos pessoais. Foram analisados fatores como:
- Prática de ato tipificado como ilícito penal;
- Prática, em caso de servidor público, de transgressões disciplinares;
- Prática de ato que possa importar em repercussão social de caráter negativo ou comprometer a função de segurança e confiabilidade da Instituição Policial;
- Dependência química (drogas lícitas e/ou ilícitas).
Classificação final e Curso de Formação Técnico-Profissional
A classificação final dos candidatos foi processada pelo critério decrescente do somatório dos pontos obtidos nas Provas de Conhecimentos Objetiva e de Títulos e o CFP foi realizado em Belo Horizonte.
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Comments (4)
Poliana Soares Benzisays:
20 de July de 2021 at 21:38Muitas informações interessantes.
Charles Gonçalves Vianasays:
7 de August de 2021 at 08:46Gostaria de saber porque o cargo de investigador mesmo exigindo curso superior tem uma carga horaria de 40 horas semanais e a remuneração é muito menor a de alguns cargos que exigem o nível médio exemplo policial penal e escrivão?
Priscilasays:
13 de August de 2021 at 16:05A matéria de escrivão e investigador são as mesmas ?
Fredsays:
15 de October de 2021 at 18:13Oi pessoal, é possível fazer uma matéria abordando o intervalo médio entre as etapas? As vezes fico curioso pra saber sobre tempo de treinamento para teste físico ou prova de títulos. Agradeço