Entenda nesse artigo tudo sobre esse caso polêmico que tem gerado discussões por todo o Brasil!
No dia 19 de Setembro o Tribunal do Júri da Comarca de Araranguá, no Sul catarinense, condenou um homem pelo crime de homicídio contra a própria esposa após lhe transmitir o HIV.
Conforme a denúncia, o homem sabia desde 2003 que era HIV positivo e, mesmo assim, manteve relações desprotegidas com a esposa por anos. Além disso, ao saber que a vítima teria contraído o HIV, não falou sobre a necessidade de buscar o tratamento.
A mulher, apesar de receber tratamento médico, morreu ainda no hospital devido a complicações causadas pela AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Humana), apenas três dias após o diagnóstico, em 2013. Segundo o perito, se soubesse da infecção, a vítima poderia ter iniciado o tratamento antes.
O réu foi condenado a cumprir 12 anos de prisão, em regime inicialmente fechado. Após a sentença, o juiz concedeu a possibilidade do homem recorrer em liberdade, uma vez que permaneceu solto durante todo o processo.
Em decisão anterior, a 5ª Turma do STJ decidiu que a transmissão consciente da síndrome da imunodeficiência adquirida (vírus HIV) trata-se de lesão corporal grave.
Entretanto, durante o processo, o Ministério Público requereu que o homem fosse qualificado por omissão, uma vez que ao esconder de sua esposa que era portador de HIV, não fez o que devia para evitar o contágio.
Segundo o promotor de Justiça Gabriel Ricardo Zanon Meyer, por conta da omissão, o réu foi considerado responsável pela morte. “Tendo ele aceitado com indiferença o fato de transmitir à vítima uma doença fatal, conduta que a lei chama de ‘dolo eventual’, quando o agente assume o risco de produzir o resultado lesivo”.
Afirmou ainda que o crime não foi enquadrado como feminicídio porque a qualificadora não havia sido aprovada à época.
Comments (1)
Caroline Bittencourtsays:
17 de October de 2022 at 12:05Olá, sou professora estou orientando um trabalho relativo ao tema da publicação, e meus orientandos utilizaram a publicação na produção do artigo de conclusão de curso, mas precisamos do nome do autor do artigo para que possamos referenciar no texto. Seria possível esta informação ou um direcionamento se referenciamos somente ao SUPREMO? Desde já grata.